segunda-feira, 12 de Agosto de 2013

Primeiro-ministro foi trabalhar disfarçado de taxista


«O primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, vestiu o uniforme de motorista e, escondido atrás de uns óculos de sol, andou a conduzir um táxi pelas ruas de Oslo, numa experiência destinada a conhecer melhor as opiniões e preocupações dos seus eleitores.

Um vídeo de três minutos, com as imagens captadas por câmaras escondidas no táxi, foi [ontem] publicado na página de Facebook de Stoltenberg, o líder do Partido Trabalhista que se recandidata ao cargo nas eleições legislativas de 9 de Setembro. O filme foi feito em colaboração com uma agência de publicidade e vai a ser utilizado durante a campanha eleitoral.

Como outros taxistas, Stoltenberg conversou com os seus passageiros – que desconheciam a identidade do condutor do táxi despachado pela central – sobre uma grande variedade de temas: do petróleo à educação aos salários dos gestores de empresas e dirigentes políticos.

No entanto, na maior parte das vezes não conseguiu manter-se incógnito: “Deste ângulo de trás, o senhor parece exactamente o primeiro-ministro”, comentou um dos passageiros. “Espere lá, você é Stoltemberg, não é?”, pergunta, desconfiado.

“Para mim é muito importante saber o que pensam os cidadãos, e não há lugar mais propício à expressão de opiniões do que um táxi”, explicou Jens Stoltenberg numa entrevista ao tablóide norueguês Verdens Gang (VG). O primeiro-ministro é um dos políticos mais populares do país, mas a sua coligação de esquerda, no poder, está atrás da oposição nas sondagens.

Algumas das opiniões que o primeiro-ministro recolheu no seu papel de taxista foram bastante positivas, mas outros passageiros revelaram-se mais impiedosos, criticando severamente a sua condução. Num dos trajectos, Stoltenberg fez uma travagem brusca, carregando por engano no pedal do travão julgando tratar-se da embraiagem. "A condução não é das melhores", critica a passageira.

“Já não conduzo há oito anos. Conheço bem as ruas de Oslo, mas a maior parte do tempo viajo no banco de trás”, justificou o primeiro-ministro, que não cobrou a corrida a nenhum dos seus passageiros.»



Via Público.

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