terça-feira, 29 de Janeiro de 2013

Fuck for Forest inspira documentário


«Chama-se Fuck for Forest, ou seja, "Foder pela Floresta", o documentário que dá conta de um movimento ecologista sui generis: ambientalistas fazem filmes pornográficos caseiros e as receitas revertem a favor da proteção das florestas. O polaco Michal Marczak realizou e o Correio da Manhã falou com ele, em Roterdão.

A ideia desta controversa NGO eco-porn é simples: alimentar uma causa ambiental financiada pelo retorno de filmes eróticos vendidos na internet ou sexo ao vivo. Sim, sexo, puro e duro. Pelo menos é o que está na mente dos ativistas do movimento neo-hippie berlinense Fuck For Forest (no fundo, sexo pelo ambiente), na resposta à questão se o sexo poderá mudar o mundo.

Segundo eles, permitiria não só desvirtuar a pressão negativa sobre o tabu em relação ao corpo humano, como, ao mesmo tempo, promoveria o uso medicinal das plantas – entretanto substituído pelo poder das indústrias farmacêuticas. Terá sido essa a ideia base para este documentário dirigido pelo polaco Michal Marczak e exibido numa das mais fascinantes secções do festival de Roterdão – Bright Future –, dedicada a exibir os projetos mais arrojados de novos realizadores.

É em Berlim que tudo começa, apesar deste movimento de sexo na natureza ter sido gerado na Noruega em 2004, por Leona Johansson e Tommy Hol Ellingsen. A ideia é meritória: gerar dinheiro para proteger as florestas tropicais. O modo como se propõem gerar o dinheiro é que poderá fazer torcer o nariz a mentes menos libertárias, visto que as receitas são criadas pela realização de filmes pornográficos a partir de festas espontâneas para serem exibidos na internet. Ou pela cedência de imagens eróticas dos candidatos a ativistas eróticos.

Segundo o site oficial do movimento (www.fuckforforest.com) terão de ser enviadas, pelo menos, uma dezena de fotos que incluam o rosto.

Ficámos a saber com a ajuda da Wikipedia, que este movimento sem fins lucrativos gerou cerca de 100 mil euros por membros pagantes. E até no filme nos é dito que uma em cada dez pessoas aceitam fornecer fotos eróticas ou fazer sexo ao vivo.

A verdade é que apesar do aspeto palpitante do tema, e até da nobreza da causa (ainda que algumas organizações ambientais se tenham recusado a receber esse dinheiro), este documentário de título cativante acaba por ficar parco nos resultados. Desde logo porque o estilo fica muito aquém do poder da mensagem.

Marczak é testemunha presente do ambiente, mas incapaz de ultrapassar alguma ingenuidade em enfrentar a ambição da causa. Desde logo quando a trupe avança para a Amazónia, com vista a ocupar uma vasta extensão algures entre o Brasil e o Peru, mas é surpreendida pela falta de interesse dos colonos locais. Diante de tal revés, este ideal perde a força e o documentário com ele. É pena, pois a curiosidade de tal iniciativa merecia mais.»

Confira abaixo o vídeo de dois dos principais activistas do movimento Fuck for Forest a fazer sexo em pleno palco (a partir dos 55 segundos), num concerto da banda The Cumshots, tal como referido no artigo «Os 21 Concertos Mais Chocantes de Sempre» da edição #03 da Revista 21.

NOTA IMPORTANTE: 
Vídeo com conteúdo sexual, impróprio para menores de 18 anos. Se a temática o ofender, não assista!



Via Correio da Manhã.

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