terça-feira, 2 de Outubro de 2012

Comportamento: O que acontece no Verão fica no Verão


Chega de loucura, pessoal! Eis cinco histórias para vos inspirar a acabar com os vossos romances de Verão.

Texto: Sérgio Neves

As folhas das árvores já começam a ficar castanhas e a despir as árvores e a encher as ruas, e embora ainda esteja um calorzinho agradável durante a tarde e ainda haja um travo a suor nos autocarros e metros, ao cair da noite já temos de vestir uma camisola para não sentirmos frio. Isto é a Mãe Natureza a dizer-nos lá do alto que, se ainda estamos de férias ou ainda temos tempo para ir para a praia, estamos a desafiar as leis naturais e o equilíbrio mundial, e provavelmente alguma aldeia vietnamita irá ser destruída por um tufão repentino por causa das nossas acções, tipo efeito borboleta.

Quando chega a altura de nos voltarmos a concentrar no trabalho ou, se for o caso, na escola ou, muito mais provavelmente, a convencer o centro de emprego que temos estado à procura de coisas novas para fazer, é sempre difícil deixar para trás a loucura da época quente. Nós sabemos o que vocês fizeram no Verão passado. E estamos orgulhosos! Mas todos sabemos que aquela loira de pele salgada e olhos azuis não tem pinha na cabeça, e é daquelas que só fica deitada na cama à espera que vocês façam o trabalho todo. Fiquem com o número dela para aquelas noites frias em que não dá nada de interesse na televisão, mas arranjem maneira de se afastarem dela.

Se não planeiam mudar de casa nem de número de telemóvel e não se sentem com tomates para acabar com a tipa mais boa que já comeram, mesmo que ela não saiba cozinhar nem consiga ler as legendas dos filmes até ao fim antes de desaparecerem, eis algumas histórias das melhores separações de casais. Inspirem-se, ou pelo menos aprendam para que nada disto vos aconteça a vocês.

#01
Havia um tipo a viver na Polónia que estava feliz. A vida corria-lhe bem, a mulher dizia que gostava imenso dele e fazia dinheiro suficiente para que ele pudesse estar desempregado e passar os dias no bar a emborcar minis como quem emborca tremoços. O problema é que a mulher andava sempre ocupada, e um gajo ressente-se. Daí que certo dia este tipo não aguenta mais e decide ir a um bordel. Qual não é a surpresa que apanha, quando vê que a mulher é o item recomendado do mesmo. 14 anos de casamento deitados abaixo por um simples encontro no sítio errado. E o problema aqui é mesmo: quem tem mais razão para deixar o companheiro?

#02
Sabem aqueles clips nos sites porno em que engatam tipas que encontram na rua? Claro que sabem. Agora imaginem que estão casados com a tipa que é engatada. Foi mais ou menos isso que aconteceu a um carpinteiro tailandês, quando comprou um DVD chamado Casos com Mulheres Casadas e os actores principais eram a mulher e o melhor amigo. A ironia é tramada. Melhor ainda, o tipo ficou lixado, e dizemos nós com razão, e foi atrás do melhor amigo para lhe espetar uma faca no lombo. Resultado: foi processado. Quem ganhou foi o outro, que se safou das queixas de adultério por causa de uma cláusula tailandesa nos primeiros cinco anos de casamento. Dupla cara de cona para o marido. Juntem-lhe os cornos.

#03
Esta é boa para quem não conseguiu fugir antes do casamento ou para quem simplesmente quer umas férias. Um casal da Arábia Saudita foi passar a lua-de-mel à Tailândia, e quando se preparava para voltar, a mulher teve de ir à casa de banho no aeroporto. Quando saiu, o homem tinha desaparecido. Acontece que se cansou de esperar pela mulher e embarcou no voo de volta. Claro que a mulher pediu o divórcio assim que chegou a casa. E também não era para menos, o tipo não foi nada paciente. A comida tailandesa não deve ser nada generosa com os intestinos.

#04
As redes sociais também dão boas oportunidades para preparar esquemas e, no mínimo, para fazer rir as outras pessoas. À boa moda americana, uma miúda criou um perfil falso no Facebook com fotos de outra tipa mais gira que ela, e começou a namoriscar com o namorado de há quatro meses. Não demorou muito até que o tipo, que afinal é feito de carne e osso, se deixasse levar por uma miúda tão determinada, e já estava a combinar um encontro quando do outro lado leva com uma mensagem toda ela em CAPS LOCK (é assim que na Internet se sabe que uma coisa é séria ou grave; porque as pessoas gritam com o teclado) a dizer-lhe a escumalha que ele era e para nunca mais lhe falar. O que é um bocado extremo, porque, vá lá, afinal ele só estava a bater coro à namorada.

#05
O último episódio tem de meter gente famosa na mistura, para manter o interesse. Há separações giras praticamente todos os dias, lá no mundo dos famosos, onde proliferam bichanices e orgias escondidas e príncipes nus e afins. Difícil é escolher, mas eis uma que remonta aos anos 80 e 90, quando o aclamado realizador de cinema Woody Allen se casou com a actriz Mia Farrow. Tiveram um filho e adoptaram outros dois, e ela entrava em tudo o que era filme dele. A vida era boa até se descobrir que o tipo afinal andava enrolado com a filha adoptiva da mulher. É a solução derradeira: se perderem o interesse, as filhas dela não estão fora do vosso alcance, desde que não sejam também vossas filhas. Claro que a vossa mulher entra em parafuso e tira-vos os filhos todos (menos a tal, claro) e ainda podem ter de aturar os amigos e/ou ex-maridos (o Frank Sinatra, marido anterior da Mia Farrow, ameaçou partir as pernas ao Woody Allen. Assim, naturalmente), mas pronto, ao menos ficam com uma tipa muito mais jovem, provavelmente flexível e, no caso do Woody, asiática. O que significa que podem tirar finalmente a dúvida de se as asiáticas têm o sexo atravessado ou não. Eu sei, mas não conto.


Artigo publicado na edição #14 da Revista 21

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